Carbono em pomares de laranja
Em 2022, a Embrapa e o Fundecitrus iniciaram uma pesquisa conjunta para quantificar os estoques de carbono (C) nos pomares de laranja do cinturão citrícola de São Paulo e do Triângulo/Sudoeste Mineiro. O trabalho foi financiado pela empresa britânica Innocent Drinks.
O estudo revelou que as laranjeiras da região armazenam cerca de 8,44 milhões de toneladas de carbono – uma média de 52 kg de C por árvore, ou 25 toneladas por hectare, valor comparável ao de certos tipos de vegetação do Cerrado, como a savana gramíneo-lenhosa.
Para chegar a esses resultados, foi realizado um levantamento amostral para quantificar os estoques de C nas áreas com pomares de laranja com idade igual ou superior a três anos. A partir da avaliação de 80 laranjeiras em pomares comerciais, foi desenvolvida uma equação alométrica que possibilitou calcular, com elevado grau de confiança, a biomassa de aproximadamente 162 milhões de laranjeiras produtivas.
Saiba mais sobre os estoques de carbono nos pomares de laranja, por variedade, por setor e sub-setor do cinturão citrícola, abaixo:
Biodiversidade da fauna em fazendas citrícolas
Também em 2022, a Embrapa e o Fundecitrus iniciaram um importante trabalho de mapeamento da biodiversidade da fauna presente no cinturão citrícola de São Paulo e do Triângulo/Sudoeste Mineiro, com apoio da empresa britânica Innocent Drinks.
O estudo, inédito para o setor, visou fornecer dados sobre a biodiversidade de aves, mamíferos, répteis e anfíbios, e foi realizado em fazendas citrícolas representativas dos cinco setores do cinturão citrícola.
A detecção e identificação da fauna na natureza envolveram várias técnicas e procedimentos práticos, sendo feitas de maneira direta – tanto visual quanto auditiva – e/ou indiretamente, por meio da presença de vestígios como pegadas, fezes, penas, ninhos, tocas, pelos e pelotas de regurgitação, entre outros. Foram identificadas 314 espécies, sendo 268 aves, 28 mamíferos e 18 répteis e anfíbios, com foco especial em aves e mamíferos por seu valor como indicadores ecológicos.
A identificação das espécies foi realizada no campo por especialistas e confirmada com o uso de alguns guias de campo e chaves de classificação de vertebrados. Uma vez detectados ou observados durante os levantamentos, os indivíduos foram registrados e identificados até o menor nível taxonômico possível (espécie). Alguns indivíduos foram fotografados, mas nenhum foi capturado ou sacrificado.
Visualize de forma dinâmica as informações por grupo de fauna, setor e sub-setor do cinturão citrícola abaixo:
Boas práticas
A citricultura sustentável vai muito além da produção de frutas. Ela busca o equilíbrio entre produtividade, preservação ambiental e responsabilidade social. O citricultor pode adotar boas práticas que podem garantir a saúde dos pomares e a conservação dos recursos naturais, como o manejo eficiente do solo e da água, o uso racional de defensivos agrícolas, a preservação da biodiversidade e a adoção de tecnologias que reduzem o impacto ambiental.
Também integram essas ações a manutenção de áreas de vegetação nativa, o controle biológico de pragas, o monitoramento constante das lavouras e a capacitação dos trabalhadores do campo. Essas práticas não só aumentam a eficiência e a resiliência da citricultura, como também contribuem para a imagem positiva do setor junto aos mercados consumidores e à sociedade.
Confira o vídeo sobre as boas práticas para uma citricultura sustentável:
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