O Fundecitrus promoveu, nesta quinta-feira (16), em Bebedouro (SP), um Dia de Campo voltado às boas práticas de manejo e aplicação para o controle do psilídeo, inseto transmissor do greening, uma das principais ameaças à citricultura. O evento reuniu 150 produtores, técnicos e profissionais do setor, com palestras e atividades práticas no campo.
Durante o encontro, os participantes acompanharam demonstrações sobre técnicas de pulverização, calibração de equipamentos e estratégias para garantir maior eficiência no controle da praga. Segundo a engenheira-agrônoma do Fundecitrus Jaqueline Della Vechia, o objetivo foi reforçar, de forma prática, a importância de seguir corretamente todas as etapas do manejo. “Neste evento, nós conseguimos abordar todos os passos do manejo correto do psilídeo. Compartilhamos detalhadamente sobre os quatro pilares no manejo do inseto: a escolha do produto e o uso na dose adequada, a rotação entre os grupos químicos, o intervalo entre as aplicações e a qualidade da aplicação”, destaca.
O engenheiro-agrônomo do Fundecitrus Olavo Bianchi reforçou a importância de levar a teoria para a prática. Segundo ele, o Dia de Campo foi uma oportunidade para os participantes observarem no campo como pequenos ajustes nas condições de aplicação podem fazer diferença significativa na eficiência do controle. “Quando o produtor visualiza na prática o impacto de uma pulverização bem-feita, ele entende que a qualidade da aplicação é um dos pontos-chave para o sucesso do manejo”, afirma.
O coordenador de Transferência de Tecnologia do Fundecitrus, Ivaldo Sala, ressaltou que o enfrentamento ao greening exige o uso integrado de todas as ferramentas disponíveis e o aprimoramento constante das práticas de aplicação. “É necessário utilizar todas as tecnologias disponíveis para enfrentar o psilídeo e o greening. Nós estamos convivendo com uma alta na incidência da doença ao longo dos últimos três anos e, mesmo que neste ano a taxa de crescimento tenha sido menor em relação a 2024, o greening segue sendo o principal desafio da citricultura”, enfatiza.
As atividades de campo permitiram que os participantes visualizassem na prática como pequenas diferenças na calibração ou na escolha dos bicos de pulverização podem impactar na eficiência do controle.
