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O que é Pinta Preta

A pinta preta dos citros, também conhecida como mancha preta dos citros, é considerada uma das doenças mais importantes das citriculturas brasileira e mundial. Apesar de seu alto custo de controle, para cada R$1,00 gasto com pulverizações o citricultor deixa de perder de R$5,00 a R$25,00 com a redu­ção da queda de frutos causada pela pinta preta.

Os maiores pre­juízos são observados em poma­res mais velhos, de variedades de maturação tardia, principalmente em plantas mal nutridas. O histó­rico da doença no pomar é impor­tante para definir as estratégias de controle. Depois de instalada em um pomar, não há possibilida­de de eliminação, por isso a ado­ção de estratégias que previnam a entrada do fungo é essencial.

identificaçãoIndentificação

Phyllosticta citricarpa
Agente causal
A pinta preta é causada pelo fungo Phyllosticta citricarpa (Guignardia citricarpa). O fungo pode se multiplicar e produzir seus esporos assexuais (conídios) em frutos, folhas e ramos secos da planta e os esporos sexuais (ascósporos) em folhas caídas no solo.
laranja doente com pinta preta
Hospedeiros
A pinta preta ocorre em todas as variedades de laranjas doces, limões verdadeiros, tangerinas e seus híbridos. Não há sintomas na lima ácida Tahiti. As variedades de maturação tardia podem apresentar maior severidade de sintomas, bem como queda de fruto mais acentuada.
laranjas doentes com pinta preta
Danos e perdas
O principal prejuízo da pinta preta para a citricultura paulista é a queda prematura de frutos, que pode reduzir em até 85% a produção das plantas de laranja doce. Os maiores prejuízos são observados em pomares mais velhos, principalmente em plantas mal nutridas. A doença não altera a qualidade do suco, pois as lesões afetam apenas a casca do fruto. Além de causar a queda de frutos, a pinta preta deixa a fruta com aparência manchada, o que prejudica a sua comercialização no mercado in natura. É uma doença quarentenária e, por isso, frutos de áreas contaminadas não podem ser exportados para áreas livres da doença, como é o caso da Europa.
mapa com a distribuição de incidências
Distribuição
No Brasil, a doença está presente em todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, nos estados do Amazonas e Rondônia (Norte) e na Bahia (Nordeste). No estado de São Paulo, os maiores problemas são observados nas regiões Leste, Centro e Norte. De maneira geral, a doença pode se estabelecer em todas as regiões brasileiras, porém as epidemias mais severas são observadas em regiões onde há condições mais propícias para a queda de folhas e seca dos ramos. A doença ocorre na maioria das áreas citrícolas do mundo, exceto em regiões de clima mediterrâneo.

PINTA PRETA DO CITROS

capa do ebook
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O manual de pinta preta aborda medidas de prevenção e técnicas de controle da doença. Os temas do material são: contaminação, disseminação, sintomas com ilustrações dos tipos de manchas que a doença causa no fruto, período de suscetibilidade, prevenção, o ciclo da doença no pomar, o manejo e o controle químico abordando os seguintes assuntos: fungicidas recomendados, período de pulverizações, intervalo entre aplicações, velocidade de aplicação, volume de calda e cubicagem. O autor Geraldo José da Silva Junior, pesquisador do Fundecitrus, complementa o material fazendo sugestões de programas de pulverização e os erros mais comuns no controle da doença.

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sontomasSintomas

O surgimento dos sintomas depende da variedade de citros e das condições ambientais – a manifestação é favorecida por radiação solar combinada com altas temperaturas. Quando os frutos são infectados na fase jovem, os sintomas podem demorar até sete meses para serem observados. Quando a infecção ocorre em frutos maiores e maduros, os sintomas podem ser vistos no primeiro mês após a contaminação.

Tipos de sintomas em frutos

Mancha preta ou dura

Mancha preta ou dura:
É o sintoma mais típico da doen­ça. Aparece logo após a mudança de cor da casca. As lesões apresentam bordas salientes marrom escuras ou negras e centro deprimido de cor palha com pontinhos escuros (picní­dios), nos quais são formados os es­poros.

Mancha sardenta

Mancha sardenta:
Pequenas lesões levemente de­primidas e avermelhadas que apare­cem em frutos maduros e também na pós-colheita. Picnídios também são formados no centro das lesões.

Mancha virulenta

Mancha virulenta:
Esse sintoma origina-se pelo aumento do tamanho e da fusão dos outros tipos de lesões. Com o desenvolvimento, pode tomar grandes áreas da superfície do fruto. 

Falsa melanose

Falsa melanose:
São pequenas manchas super­ficiais pretas e lisas, dispersas ou agregadas na casca. Este sintoma ocorre em frutos ainda verdes e é o primeiro a aparecer, a partir de fevereiro no estado de São Paulo. Pode ser confundido com a mela­nose dos citros, que apresenta le­sões mais ásperas e claras.

Mancha rendilhada

Mancha rendilhada:
Pequenas lesões escuras, super­ficiais e lisas. Este sintoma não tem bordas definidas. Em geral, as lesões tomam grande parte da superfície do fruto, sendo algumas com aspecto de lágrimas.

Mancha trincada

Mancha trincada:
Lesões superficiais escuras sem formato e tamanho definidos que aparecem em frutos verdes e ficam trincadas à medida que ocorre o amadurecimento. A mancha trincada está associada à presença do ácaro da falsa ferrugem.

disseminacao

DISSEMINAÇÃO DO FUNGO

O fungo causador da pinta preta pode chegar ao pomar de diversas formas, as mais comuns são:

Disseminação por mudas

Mudas

Plantio de mudas de viveiros não certificados contendo o fungo pode dis­persar a doença para áreas nas quais não está presente.

Disseminação por material Vegetal

Material Vegetal

Folhas e ramos de pomares contaminados podem ser leva­dos, principalmente por caminhões e implementos, em época de colheita.

Disseminação por vento

Vento

Os esporos do fungo presentes nas folhas de citros em decomposição podem ser levados pelo vento para outras plantas do mesmo pomar e de pomares vizinhos.

cicloCiclo

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Nas folhas de citros infectadas que caem ao solo e entram em decomposição são formados os esporos sexuais do fungo (ascósporos), que são dispersos pelo vento e responsáveis por infectar ramos, folhas e frutos da planta e outras ao redor. Os frutos podem se infectados desde a queda de pétalas até a colheita, com maior risco no período de chuvas frequentes. Os sintomas aparecem entre 40 e 360 dias após a infecção.

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Nos ramos e folhas secas e em frutos infectados são formadas lesões que produzem os esporos assexuais do fungo (conídios), que são dispersos a curta distância por água de chuva, orvalho ou irrigação. Os conídios podem infectar ramos, folhas e frutos e são os responsáveis pelo aumento da doença dentro da planta.

3

Em folhas caídas ao solo, infectadas tanto por conídios quanto por ascósporos, formam-se novos esporos do fungo, dando continuidade ao ciclo da doença.

Período de infecção dos frutos

Os frutos podem ser infectados desde a queda de pétalas até o período de colheita, estejam eles verdes ou maduros. As infecções ocorrem no período de elevada frequência de chuvas, que no estado de São Paulo vão de setembro a abril. Entretanto, as precipitações podem se estender para os meses de maio e junho e as infecções aparecerem mais tardiamente. Em outros estados brasileiros, o período de infecção poderá variar de acordo com o período chuvoso.

A infecção dos frutos em São Paulo pode ocorrer com as chuvas a partir de setembro, mas os sintomas somente serão expressos a partir de fevereiro, de 40 a 360 dias após a infecção. As lesões dos tipos mancha dura, sardenta ou virulenta estão mais associadas com a queda prematura de frutos. Esses sintomas aparecem somente 100 dias após a infecção, sendo a grande maioria expressa a partir de 200 dias.

Medidas de PrevençãoMedidas de Prevenção

Inspeção da doença

É importante para detectar a pinta preta a tempo de evitar que ela se espalhe pelo pomar. A recomendação é inspecionar os frutos localizados no terço inferior da copa (saia), do lado com maior exposição à luz solar, pois o aparecimento dos sintomas é favorecido pela luminosidade combinada com altas temperaturas.

Controle da entrada de material no pomar

É preciso estar atento ao que circula no pomar, desin­festar e retirar restos vegetais de veículos e de materiais de colheita. O trânsito de material vegetal entre áreas com e sem a doença deve ser evitado. A instalação de bins distantes dos pomares auxilia na pre­venção da pinta preta, assim como de outras doenças, pois diminui o trânsito de veícu­los nos pomares.

Plantio de mudas certificadas

As mudas devem ser adquiridas em viveiros telados e certificados.

Nutrição e sanidade do pomar

Árvores severamente afetadas por outras doenças devem ser removidas do pomar. Plantas debilitadas normalmente apresentam queda mais acentuada de frutos.

Remoção dos frutos temporãos infectados antes do início da florada

Frutos com sinto­mas podem conter esporos do fungo, que são levados por respingos de chuva para outros frutos, folhas e ramos.

ManejoManejo

Nos pomares com pinta preta, o manejo pode ser complementado por um conjunto de medidas que ajuda a proteger os frutos e a impedir a disseminação da doença no pomar.

Cobertura de folhas caídas

Cobertura de folhas caídas: o plantio de adubo verde nas entrelinhas do talhão e posterior corte com roçadeira ecológica permite direcionar a vegetação para debaixo da copa das plan­tas, cobrindo as folhas de citros caídas e servindo como barreira física que dificulta a liberação dos ascósporos.

Remoção ou decomposição de folhas caídas

Remoção ou decomposição de folhas caídas: as folhas de citros caídas podem ser removidas com sugado­res de folhas ou rastelo e trituradas com trin­chas. Outra opção é acelerar a decomposi­ção deste material com o uso de compostos como ureia, que podem ser aplicados por meio de barras de herbicidas;

Poda de limpeza de ramos secos

Poda de limpeza de ramos secos: esta me­dida é importante para reduzir as fontes de contaminação na planta, além de facilitar a aeração e melhorar a penetração dos defen­sivos no interior da copa das árvores;

Irrigação

Irrigação: principalmente no inver­no, esta medida reduz a queda excessi­va de folhas e frutos. Também propicia floradas mais uniformes, o que melhora e facilita o controle químico. A irrigação por gotejo é a mais indicada neste caso, pois está associada a uma menor formação de ascósporos nas folhas caídas em compa­ração com micro-aspersão;

Antecipação da colheita

Antecipação da colheita: a medida é indicada nos talhões em que a doença está presente em níveis altos, prin­cipalmente nos mais velhos de variedades tardias, e evita a queda dos frutos com sin­tomas, os quais além de serem fontes de contaminação para outros frutos, folhas e ramos, podem cair prematuramente e re­duzir a produção das plantas.

Controle QuímicoControle Químico

Fungicidas recomendados
Fungicidas recomendados

O controle químico da pinta preta deve ser feito com critério e planejamento para que seja eficiente e não selecione fungos resistentes aos fungicidas utilizados. Desde 2012, os fungicidas carbendazim, mancozebe e tiofanato-metílico, que eram utilizados no controle da doença, foram retirados da lista PIC (Produção Integrada dos Citros). Desde então, esses fungicidas não são recomendados para uso em pomares que destinam suas frutas a produtos de exportação, como o suco de laranja. Os fungicidas mais utilizados são as estrobilurinas e os cobres. As estrobilurinas devem ser utilizadas durante o período de chuvas mais frequentes e intensas. Os cobres devem ser utilizados em épocas menos favoráveis para a doença. Para o manejo conjunto da pinta preta e do cancro cítrico, o cobre é utilizado em associação com as estrobilurinas.

Fungicidas recomendados
fungicidas recomendados

pulverização de cobreOs cobres devem ser utilizados em doses iguais ou superiores a 40mg de cobre metálico / m3 de copa ou 75 a 90g / 100L de água. Já as estrobilurinas devem ser utilizadas na dose de 2,8mg de ingrediente ativo / m3 de copa ou 3,8g de i.a. / 100L de água. O intervalo entre aplicações de cobre deve ser de 21 a 28 dias e das estrobilurinas de 35 a 42 dias. Os fungicidas disponíveis podem ser consultados na lista PIC (www.fundecitrus.com.br/listapic). Os fungicidas, principalmente as estrobilurinas, devem ser utilizados em mistura com óleo mineral ou vegetal. A dose de óleo de 0,25% (5L/2000L) deve ser utilizada em pomares mais velhos, das variedades de maturação meia-estação e tardia. Em pomares jovens (< oito anos) e de variedade de maturação precoce, apenas a aplicação de fungicidas é suficiente para manter a doença e a queda de frutos em baixos níveis.

são paulo Atenção: no estado de São Paulo já existe relato de resistência de Phyllosticta citri­carpa aos benzimidazóis (carbendazim). Ainda não há relato de resistência desse fungo às estrobilurinas no Brasil e no mundo. Porém, já existem relatos de Colletotrichum acutatum (causador da podridão floral) e Alternaria alternata (causador da mancha marrom em tangerinas e híbridos) resistentes a esse grupo de fungicidas. O uso excessivo das estrobilurinas no controle da pinta preta pode acarretar resistência dos diferentes fungos presentes nos pomares de citros. Para evitar resistência desses patógenos às estrobilurinas, recomenda-se não as utilizar em mais de três aplicações por safra.

são paulo
Em pomares para a produção de frutas frescas, as pulverizações devem ser ini­ciadas quando os primeiros sintomas de pinta preta forem detectados na área. Vale ressaltar que em pomares jovens recém-plantados a doença será introduzida e dis­seminada principalmente pelos esporos produzidos em folhas em decomposição. Portanto, a aplicação de fungicidas terá pouco efeito sobre a produção e liberação desses esporos nas folhas caídas. Nesses pomares mais jovens é indispensável o uso da roçadeira ecológica e outras estratégias que ajudem a cobrir ou degradar as folhas caídas.
Em pomares jovens (até seis anos), o cancro cítrico deve ser controlado com o uso de pelo menos 40 mg de cobre metálico/m3 de copa quando houver brotações e/ou frutos com até 50 mm de diâmetro ou quatro meses de idade. Em geral, esses pomares não apresentam pinta preta ou apresentam a doença em incidência baixa, não suficiente para causar a queda de frutos. Nessa fase jovem, somente os pomares para produção de frutas frescas devem ter os frutos protegidos com cobre e/ou estrobilurina contra a pinta preta.
Em pomares com mais de seis anos, as pulverizações de cobre e estrobilurina são reque­ridas para o controle da pinta preta e do cancro cítrico. As pulverizações devem ser realiza­das a partir do florescimento, geralmente em setembro, com pelo menos 40 mg de cobre metálico/m3 de copa, a cada 14 dias ou 21 dias, principalmente para o controle do cancro cítrico. Esse intervalo de 14 dias deve ser utilizado para áreas com alta intensidade de cancro. Para associar o manejo das duas doenças, a estrobilurina para o controle da pinta preta deve ser utilizada na dose de 2,8 mg de ativo/m3 de copa em seu intervalo máximo, que é de 42 dias.
Em pomares mais velhos do estado de São Paulo, nos quais a pinta preta ocorre com frequência, o número de aplicações pode variar de quatro a seis por ano. As aplicações se iniciam após a queda das pétalas das flores e terminam no final do período chuvoso (geralmente em março/abril). De maneira geral, a queda de pétalas ocorre em setembro, e a primeira aplicação deve ser feita com cobre. A segunda aplicação, também com cobre, é feita em outubro (após 21-28 dias). A partir de novembro até o fim do período chuvoso aplica-se estrobilurina pura ou associada com cobre (a cada 35-42 dias). Se o florescimento for tardio e a queda de pétalas ocorrer a partir de meados de novembro, as aplicações já devem se iniciar com estrobilurina pura ou associada com cobre e seguir até o fim do período chuvoso. Pulverizações após março/abril podem ser necessárias se as chuvas se estenderem para os meses se­guintes. Nesses casos, apenas devem ser pulverizados os pomares mais velhos, de variedades de maturação tardia, que serão colhidos após dezembro, ou aqueles para produção de fruta fresca.
volume de calda
Volume de calda

volume de caldaO Sistema de Pulverização Integrado do Fundecitrus (SPIF) foi desenvolvido para auxiliar os citricultores na adequação das doses dos produtos e no volume de calda a ser aplicado em função do volume de copa das plantas. No sistema é possível calcular o volume de copa de cada talhão da propriedade e padronizar a quantidade de calda.

Os volumes de calda das pulverizações para controlar a pinta preta não devem ser muito baixos. Em pomares para a produção de suco, recomenda-se em torno de 75mL de calda/m3 de copa. Esse volume de calda deve ser aplicado com uma velocidade inferior a 4,5km/h. Para a produção de fruta fresca, as plantas devem ser pulverizadas com o volume em torno de 100 mL/m3 e a velocidade deve ser de 2,5 a 4,0km/h, o que contribui para aumentar a penetração da calda no interior da copa.

A qualidade da pulverização pode ser avaliada com papéis hidrossensíveis. Para verificar se a pulverização está atingindo os frutos mais internos, recomenda-se a co­locação desses papéis no interior da copa das plantas. A cobertura da pulverização nos papeis colocados no interior da copa (próximo ao tronco) deve ser superior a 30%. Em pomares com copa menos densa, essa cobertura pode ser alcançada com volumes inferiores a 75mL/m3. Entretanto, esses volumes mais baixos somente devem ser utilizados em pomares onde a cobertura mínima foi atingida nos alvos internos.

Erros que não devem ser cometidos no controle

Velocidade de aplicação:
Velocidade acima de 4,5 km/h não é recomendada. Em pomares para produ­ção de frutas frescas, a velocidade não deve ser superior a 4 km/h.

Intervalo entre as aplicações:
Devido a problemas com a pulverização, excesso de chuvas ou atraso na colheita, os intervalos entre as aplicações de cobre e estrobilurina ultrapassam 28 e 42 dias, respecti­vamente, comprometendo todo o programa de controle.

Período de controle:
Em áreas com problemas de pinta preta, o citricultor não deve finalizar o programa de con­trole antes do fim do período chuvoso, que em São Paulo normalmente vai até março/abril. Se adotar intervalos mais curtos entre aplicações, o número de pulverizações será maior.

Dose dos produtos:
A dose dos fungicidas não deve ser reduzida sem critérios, pois pode comprome­ter a eficiência e aumentar o risco de resistência. O SPIF é uma excelente ferramenta para calcular a dose correta dos produtos. Em pomares velhos com muita pinta preta, não excluir ou substituir o óleo mineral ou vegetal por outros produtos.

Adequação do equipamento ao pomar:
Em pomares velhos não podados, o espaço na entrelinha para passagem do pulverizador fica reduzido, tornando a pulverização desuniforme e ineficiente. Além disso, usar pulveriza­dor pequeno em plantas muito altas não permite boa cobertura no terço superior da copa.

Momento da aplicação:
As duas primeiras pulverizações normalmente são com cobre, porém, em safras com flo­rescimento tardio, a segunda pulverização coincide com o período chuvoso intenso e deve ser feita com estrobilurinas a partir de meados de novembro, pois esse grupo de fungicida apresenta até 97% de controle.

Adequação do equipamento ao pomar:
Em pomares velhos não podados, o espaço na entrelinha para passagem do pulverizador fica reduzido, tornando a pulverização desuniforme e ineficiente. Além disso, usar pulveriza­dor pequeno em plantas muito altas não permite boa cobertura no terço superior da copa.

Regulagem e calibragem:
Os pulverizadores devem estar conservados, regulados e calibrados. A calda deve ser bem distribuída por toda a copa. Tamanho de gotas em torno de 150 micra. Pressão de trabalho de 100 a 200 psi.