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Sarita Junqueira Rodas foi eleita a primeira conselheira do Fundecitrus

A primeira mulher eleita para o Conselho Deliberativo do Fundecitrus é o exemplo de que o agronegócio e a citricultura estão se adaptando aos novos tempos. Sarita Junqueira Rodas, de 33 anos, presidente do Conselho do Grupo Junqueira Rodas, de Monte Azul Paulista, foi eleita membro do grupo que gere o Fundecitrus, em setembro de 2016, se tornando a primeira presença feminina – e também a mais nova – no Conselho.

Ser precursora não é novidade para Sarita. Também é a primeira e única mulher no Conselho de Administração da Montecitrus, importante grupo de produção e comercialização de laranja do estado de São Paulo. Caçula de três irmãs, aceitou a responsabilidade de tocar os negócios da família, ao lado da mãe, Maria Teresa Junqueira

Rodas, após o pai, Fábio Rodas, reconhecido citricultor da região de Monte Azul, morrer inesperadamente, em agosto de 2008, quando ela tinha apenas 25 anos. Seis meses antes, havia perdido a irmã mais velha.

Desde então, Sarita comanda o que chama de 'legado do pai'. “O grande trabalho foi feito por ele e a nós cabe continuar”, diz. O grupo Junqueira Rodas surgiu em 1991, após a divisão da gestão da parte agrícola do Grupo Rodas, dos irmãos, Fábio, Paulo e Wanderlei, em Faro Capital, Junqueira Rodas e Kronos, respectivamente.

A parte comercial permaneceu conjunta e mantém mais da metade da Montecitrus, que foi formada em 1983, ano de nascimento da Sarita. Atualmente, o Grupo Junqueira Rodas trabalha com citros, cana e gado e tem 518 funcionários, além de safristas. Nos últimos anos, o grupo fez a renovação de 100% da área citrícola, dobrando o número de plantas - de 1 milhão para 2 milhões - e também dobrou a produção de cana.

Gestão feminina

Para a citricultora, a gestão da mulher é mais focada nos recursos humanos. “O grande diferencial está na valorização das pessoas. Eu não seria nada sem a minha equipe”.

Mesmo com o olhar mais voltado para os funcionários, Sarita não abriu mão de investir em melhorias de processos. “A empresa vinha crescendo comandada por um empreendedor nato. Com a ausência do meu pai e a mudança para vários sócios, a primeira coisa que a gente implantou foi uma controladoria muito forte. Depois, o projeto de orçamentos, indicadores, e o último de metas, com o sistema de meritocracia e gestão de resultados”, conta.

Questionada sobre as dificuldades de ser mulher em uma atividade predominantemente masculina, Sarita prefere falar das conquistas. “A mulher à frente dos negócios pratica o convencimento, motiva as pessoas para que elas vão aderindo aos projetos e não os impõe de cima para baixo. Além disso, o jeitinho feminino encanta as pessoas e isso ajuda nos negócios, a gente não vai para um enfrentamento, vai para o convencimento”.

 Leia a reportagem completa na edição 39 da Revista Citricultor clicando aqui.