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Ortézia

Ortézia

A cochonilha ortézia (Orthezia praelonga) é uma das pragas que mais podem provocar danos aos citros. Afeta todas as variedades de citros, café, plantas invasoras e cerca de 30 espécies ornamentais. Quando o foco inicial não é controlado, pode levar à erradicação de todo o talhão afetado.

A praga foi registrava pela primeira vez no Brasil em 1938, em Pernambuco. Em 1947, sua presença foi constatada no Rio de Janeiro. No estado de São Paulo foi identificada em 1978, no município de Severínia. Atualmente, está presente em todos os estados brasileiros.  

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Como outras espécies de cochonilhas, a ortézia possui o ovissaco, câmara na qual os ovos são depositados e que não é atingida pelos inseticidas nem atacada por inimigos naturais. Esta característica dificulta tanto o controle químico quanto o biológico.

O combate à ortézia deve ser feito em reboleiras com as seguintes medidas:

1. Encontrar todos os focos de ortézia no talhão e/ou propriedade;

2. Controlar as plantas invasoras nos focos de ocorrência em raio de pelo menos 20 metros. Essa medida serve também para localização dos focos e checagem da eficiência do controle;

3. Aplicar inseticida de contato para eliminar as ninfas e adultos e/ou aplicar inseticida sistêmico para controle das ninfas que estão protegidas no ovissaco e que irão emergir após o término do resíduo do inseticida de contato. Deve-se adicionar óleo mineral ou vegetal para melhorar a eficiência do controle e a retirada da fumagina;

4. Reaplicar inseticida após 15 dias para eliminar as reinfestações, no caso da não utilização de inseticidas sistêmicos;

5. Fazer uma terceira aplicação, caso a incidência seja muito grande;

6. Após o controle, é necessário continuar o monitoramento do inseto;

7. Restringir a entrada de pessoas, máquinas e equipamentos no talhão;

8. Colher primeiro os talhões sem a praga e deixar os infestados para o final do trabalho;

9. Restringir as operações na área pulverizada até completo efeito do inseticida;

10. Implantar cercas vivas como medida de manejo ambiental;

11. O grande número de plantas hospedeiras facilita a disseminação e recontaminação do pomar. Em casos de infestação, o ideal é eliminar as plantas daninhas nas reboleiras.

Controle biológico
A aplicação de fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana, Verticillium lecanii e Fusarium sp é opção de controle biológico. Deve ser realizado no período das chuvas, mas observando a pulverização de fungicidas para que estes não inibam o seu resultado e prejudiquem seu efeito.

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