{"titulo":"CONTROLE","descricao":"
De acordo com a nova legisla\u00e7\u00e3o federal, Instru\u00e7\u00e3o Normativa n\u00ba. 21 de 25\/04\/2018 (IN 21), que substituiu a IN 37 de 05\/09\/2016, as estrat\u00e9gias de controle do cancro c\u00edtrico a serem adotadas dependem do status fitossanit\u00e1rio da doen\u00e7a na \u00e1rea:<\/p>\n
1. \u00c1REA SEM OCORR\u00caNCIA: estados do pa\u00eds onde a aus\u00eancia do cancro c\u00edtrico foi constatada por levantamento fitossanit\u00e1rio de detec\u00e7\u00e3o, ou seja, s\u00e3o os estados onde a doen\u00e7a n\u00e3o ocorre. Nestes territ\u00f3rios, as medidas de controle s\u00e3o focadas na preven\u00e7\u00e3o da entrada do cancro c\u00edtrico, como o monitoramento do tr\u00e2nsito de material vegetal e plantio de mudas sadias.<\/p>\n
2. \u00c1REA LIVRE DA PRAGA (ALP): \u00e1rea delimitada em que o cancro c\u00edtrico n\u00e3o ocorre, podendo\nestar inserida em um territ\u00f3rio de maior amplitude com ocorr\u00eancia da doen\u00e7a. Nessas \u00e1reas, as medidas de controle tamb\u00e9m s\u00e3o focadas na preven\u00e7\u00e3o da entrada do cancro c\u00edtrico pelo controle do tr\u00e2nsito de material vegetal e uso de mudas sadias.<\/p>\n
3. \u00c1REA SOB ERRADICA\u00c7\u00c3O: \u00e1rea onde o cancro c\u00edtrico ocorre com distribui\u00e7\u00e3o restrita ou em baixa incid\u00eancia em estado onde a doen\u00e7a est\u00e1 presente. Em pomares nesta situa\u00e7\u00e3o, o controle do cancro c\u00edtrico \u00e9 feito principalmente pelo plantio de mudas sadias e pela elimina\u00e7\u00e3o de plantas c\u00edtricas contaminadas e daquelas suspeitas de contamina\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
4. \u00c1REA SOB SISTEMA DE MITIGA\u00c7\u00c3O DE RISCO (SMR): \u00e1rea onde o cancro c\u00edtrico apresenta incid\u00eancia intermedi\u00e1ria ou alta nos pomares e a erradica\u00e7\u00e3o de plantas doentes n\u00e3o \u00e9 mais uma alternativa vi\u00e1vel. Nos pomares dessas \u00e1reas, o controle do cancro c\u00edtrico \u00e9 realizado pela ado\u00e7\u00e3o de um conjunto de medidas de manejo que visam reduzir o impacto da doen\u00e7a na produ\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, frutas in natura destinadas para fora da \u00e1rea homologada sob SMR dever\u00e3o ser previamente beneficiadas e higienizadas em unidades de consolida\u00e7\u00e3o para prevenir a dissemina\u00e7\u00e3o da doen\u00e7a.<\/p>\n
ESTADO DE S\u00c3O PAULO: No estado de S\u00e3o Paulo, conforme determinado pela Resolu\u00e7\u00e3o da Secretaria de Agricultura e Abastecimento n\u00ba. 10 de 20\/02\/2017 (Resolu\u00e7\u00e3o SAA 10), a estrat\u00e9gia de controle oficial adotada a partir de 2017 \u00e9 o SMR. \nA mitiga\u00e7\u00e3o de risco permite ao citricultor manter as plantas com sintomas de cancro c\u00edtrico em seus pomares. As a\u00e7\u00f5es que eram concentradas na inspe\u00e7\u00e3o de pomares e elimina\u00e7\u00e3o de plantas\ndoentes passaram a focar na ado\u00e7\u00e3o de medidas de manejo da doen\u00e7a e descontamina\u00e7\u00e3o de frutos. O objetivo \u00e9 minimizar tanto as perdas provocadasno campo e em unidades de beneficiamento como os riscos de comercializa\u00e7\u00e3o de frutos com sintomas da doen\u00e7a. A IN 21 possibilita tamb\u00e9m que propriedades sem ocorr\u00eancia do cancro c\u00edtrico, localizados em \u00e1rea sob SMR, possuam esta discrimina\u00e7\u00e3o em seu cadastro, a fim de que seus frutos possam ser colhidos para comercializa\u00e7\u00e3o sem a necessidade de vistoria pr\u00e9via para habilita\u00e7\u00e3o da colheita pelo \u00f3rg\u00e3o estadual de defesa. No estado de S\u00e3o Paulo os crit\u00e9rios para o atendimento desta demanda foram estabelecidos pela Portaria CDA-5, de 20\/05\/2019.<\/p>\n
IND\u00daSTRIA: pomares cuja produ\u00e7\u00e3o \u00e9 destinada \u00e0 ind\u00fastria de suco n\u00e3o precisam ser inscritos no SMR. Frutos destinados \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de suco dentro do estado em que foram colhidos dispensam a necessidade de higieniza\u00e7\u00e3o e triagem em unidade de beneficiamento antes de serem processados. O cancro c\u00edtrico n\u00e3o afeta diretamente a qualidade do suco. O maior potencial de impacto da doen\u00e7a nesses pomares \u00e9 na redu\u00e7\u00e3o da produ\u00e7\u00e3o pela queda prematura de frutos sintom\u00e1ticos. No entanto, os produtores de fruta para a ind\u00fastria devem empregar as mesmas medidas de manejo integrado da doen\u00e7a previstas no SMR. Al\u00e9m disso n\u00e3o devem dispensar os cuidados com o transporte da fruta, como por exemplo, a cobertura apropriada da carga para evitar a dispers\u00e3o involunt\u00e1ria de frutos possivelmente contaminados com a bact\u00e9ria causadora do cancro c\u00edtrico.<\/p>\n
FRUTA DE MESA: pomares destinados \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de frutos de mesa para outros estados ou pa\u00edses devem aderir ao SMR. Isso exige, em linhas gerais, a inscri\u00e7\u00e3o de pomares e unidades de consolida\u00e7\u00e3o no SMR, aplica\u00e7\u00e3o de medidas de manejo da doen\u00e7a durante o ciclo de cultivo, libera\u00e7\u00e3o para colheita aos pomares com n\u00edveis m\u00ednimos de frutos sintom\u00e1ticos e o beneficiamento dos frutos em UC devidamente estruturadas para higieniza\u00e7\u00e3o dos frutos e detec\u00e7\u00e3o de lotes de frutos sintom\u00e1ticos eventualmente colhidos. Estes pomares devem ser acompanhados durante todo o processo por um respons\u00e1vel t\u00e9cnico (RT) e auditado por \u00f3rg\u00e3o de defesa sanit\u00e1ria do estado a fim de evitar a comercializa\u00e7\u00e3o de lotes com frutos sintom\u00e1ticos e o recha\u00e7o de cargas de frutos exportadas. Frutos para mesa produzidos e comercializados dentro do estado n\u00e3o precisam passar por UC. No entanto, a comercializa\u00e7\u00e3o de frutos com sintomas de cancro c\u00edtrico n\u00e3o \u00e9 permitida.<\/p>"}