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Ácaros

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Estima-se que existam mais de cem espécies de ácaros que se alimentam de plantas e ocorrem em citros. Eles são classificados nas famílias Eriophyidae, Tetranychidae, Tenuipalpidae, Tarsonemidae, Tuckerellidae e Tydeidae, sendo consideradas pragas somente as quatro primeiras.

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O ácaro da Leprose dos citros (Brevipalpus phoenicis) mede aproximadamente de 0,15 a 0,17 mm de comprimento por 0,07 mm de largura. É achatado, apresenta quatro pares de pernas e coloração avermelhada com manchas escuras no dorso. A espécie é caracterizada por possuir duas setas sensoriais e é disseminada para os citros pelo vento, aves, insetos e pelo homem durante as práticas culturais.

O ácaro não nasce contaminado, mas assume essa condição ao se alimentar de tecido com o vírus. Uma vez infectado, é capaz de transmitir o vírus por toda sua vida em qualquer estágio: larva, ninfa ou adultos.

O ácaro da Leprose infesta os pomares durante todo o ano, mas sua ocorrência é maior em períodos de seca e de crescimento dos frutos - época em que sua reprodução é favorecida. Longos períodos de seca, que induzem o estresse hídrico nas plantas, aumentam a população da praga e a consequente a disseminação da doença.

A partir de junho, a população da praga se eleva, com pico em setembro e outubro, diminuindo com as chuvas de verão e com a colheita dos frutos.

Sintomas
Os sintomas decorrentes da alimentação do ácaro não são facilmente reconhecidos porque seu nível populacional é baixo na cultura. Já a Leprose é reconhecida pelas manchas amarelas nas folhas, lesões corticosas nos ramos e manchas necróticas nos frutos.

Controle
Para evitar que o ácaro da Leprose apareça ou se dissemine pelo pomar várias medidas devem ser adotadas. A primeira delas é estar atento à sanidade das mudas, adquirindo-as em viveiros certificados.

Nos primeiros anos de desenvolvimento das plantas, fase de ausência dos frutos, os ácaros devem ser monitorados por levantamentos populacionais em ramos e folhas, a cada duas semanas.

A área do pomar deve ser subdividida em talhões identificados de acordo com variedade, idade e uniformidade das plantas. O inspetor deve percorrer todo o talhão seguindo um caminhamento em zigue-e-zague ou sistemático. Em cada inspeção devem ser vistoriados de três a cinco frutos por plantas em pelo menos 1% das plantas do pomar.

Na amostragem, dar preferência aos frutos mais internos, maduros, temporões ou com sintomas de verrugose. Para visualização e reconhecimento do ácaro da Leprose, o pragueiro deve ‘varrer’ toda a superfície do fruto com auxílio de uma lupa com lente de dez aumentos. Na ausência de frutos, é recomendado inspecionar os ramos mais internos em seus primeiros 30 centímetros.

Somente os talhões que apresentarem 10% ou mais de frutos infestados deverão ser pulverizados e o trabalho deve ser feito o mais rapidamente possível. Recomenda-se não aplicar o defensivo quando ocorrer mais de 30% de ácaros predadores e menos de 10% do ácaro da Leprose, caso não haja plantas com sintomas da doença.

O uso de cercas vivas e quebra-ventos e a eliminação de plantas invasoras hospedeiras do ácaro são medidas que ajudam no controle.

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