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Leprose

Leprose

A leprose é uma das principais doenças da citricultura e atinge, principalmente, laranjeiras doces. Provocada pelo vírus Citrus leprosis vírus (CiLV) e transmitido pelo ácaro Brevipalpus phoenicis, pode causar perdas de produção e redução da vida útil da árvore debilitada.

A doença atinge regiões tropicais e subtropicais e é restrita às Américas. Há casos relatados na América do Sul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Venezuela) e, mais recentemente, na América Central (Panamá, Costa Rica, Nicarágua, El Salvador, Guatemala e Honduras) e na América do Norte (México).

No Brasil, a leprose foi identificada em 1933, no Estado de São Paulo, onde ocorre de forma endêmica em todas as áreas do planalto paulista, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

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O controle da leprose é baseado em medidas de redução das fontes de vírus e da população do ácaro. É indicado:

1. Aquisição de mudas sadias livres de ácaros e de vírus;
2. Poda de limpeza dos ramos afetados durante o inverno;
3. Erradicação das plantas quando as lesões atingem toda a copa;
4. Desinfestação de materiais de colheita para evitar a introdução do ácaro em áreas livres;
5. Utilização de quebra-ventos para reduzir a entrada e disseminação do ácaro;
6. Colheita prioritária de talhões sem o ácaro e a doença antes dos talhões com histórico de contaminação;
7. Colheita antecipada e retirada de todos os frutos da planta na ocasião da colheita, sem deixar frutos remanescentes;
8. Retirada de frutos temporões ou com sintomas ou caídos no solo;
9. Controle da verrugose e do ataque do minador do citros, uma vez que as lesões servem de abrigo ao ácaro;
10. Eliminação de plantas daninhas hospedeiras;
11. Controle químico com acaricidas.

O controle do ácaro deve ser baseado no monitoramento de sua população.

A aplicação do acaricida vai depender do nível de ação praticado na propriedade, com variação de 3 a 15% de frutos com a presença do ácaro. Níveis menores são utilizados quando há plantas com leprose no talhão ou dificuldade de operacionalizar a aplicação ou em regiões mais favoráveis à multiplicação do ácaro.

A escolha dos acaricidas deve respeitar a lista PIC (Produção Integrada de Citros), as condições climáticas e o monitoramento de populações resistentes aos acaricidas. Também deve considerar o modo de ação dos acaricidas (ovicida, larvicida ou adulticida) e a sua seletividade aos inimigos naturais, como os ácaros predadores.

Deve-se evitar o uso do mesmo princípio ativo e classe química nas pulverizações no período de um ano para que não haja seleção de ácaros resistentes ao acaricida.

A pulverização deve ser feita de modo a obter uma boa cobertura e deposição do acaricida na planta, tanto interna quanto externa. Para isso, deve-se utilizar gotas com diâmetro mediano volumétrico de 150 a 200 micra e volume de calda de 100 a 200 ml por m3 de copa.

Antes da aplicação dos defensivos, solicite a orientação de um agrônomo para conhecer as doses corretas, regulagem e calibração dos equipamentos de pulverização e equipamentos de proteção individual.

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